No Brasil, o câncer de mama é o mais incidente nas mulheres (depois do de pele não melanoma), com 74 mil casos novos previstos por ano até 2025 segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional do Câncer).

Sobre o Câncer de Mama

Fatores de Risco

O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como:

  1. Idade. Quanto maior a idade, maior o risco.
  2. Ser do sexo feminino. Lembrando que homens também podem desenvolver câncer de mama, porém é mais raro.
  3. Obesidade. Uma das explicações é que há conversão periférica de precursores do estrógeno no tecido adiposo para estrógeno (desenvolvimento do câncer de mama).
  4. Mamas densas. Umas das explicações é a baixa sensibilidade da mamografia em detectar alterações. Uma publicação da Sociedade Européia de Janeiro de 2022 mostrou que utilizar ressonância nuclear magnética (RNM) para mulheres com mamas densas aumentou a detecção de câncer de mama e diminuiu os tumores de intervalo que são aqueles que crescem entre um exame e outro. Ainda não temos padronização para uso da RNM como exame de rastreamento e isso deve ser discutido com o seu médico e individualizado pois exigem riscos relacionados a esse exame.
  5. Menarca (1ª menstruação) precoce e menopausa tardia
  6. Nuliparidade (nunca ter tido filho). Umas das explicações é que a diferenciação celular que ocorre na glândula mamária durante ou após a gestação protege a mama contra o câncer.
  7. História pessoal e familiar de câncer de mama. Esse risco está associado com o número de mulheres de 1º grau acometidas e com a idade do diagnóstico. Uma análise com mais de 500.000 mulheres mostrou um aumento de 2 vezes no risco se 1 dos familiares era acometido e 3 vezes se 2 familiares de 1º grau eram acometidos. Se o familiar é acometido pelo câncer antes dos 30 anos, esse risco é 3 vezes maior, enquanto se esse familiar é acometido após os 60 anos esse risco cai pela metade.
  8. Mutações genéticas que predispõe ao câncer de mama são raras. Apenas 6% podem ser atribuídas a herança de uma variante patogênica como BRCA-1 e BRCA-2.
  9. Álcool. Não existe uma dose segura para o seu consumo.
  10. Exposição à radiação ionizante do tórax como a que ocorre em mulheres que irradiaram o tórax para tratamento do linfoma.

Sintomas

O câncer de mama pode ser assintomático. Ou seja, ele será detectado apenas na mamografia.

Mas, se houver presença dos sintomas abaixo, procure o seu médico para uma investigação:

– Nódulo ou caroço nas mamas.

Qualquer nódulo na mama necessita de avaliação médica especializada. Às vezes, é difícil diferenciar um nódulo benigno de um maligno apenas pela palpação. Nessa situação, será necessário mamografia, ultrassom das mamas ou até mesmo biópsia da lesão. Um nódulo sólido, indolor e com bordas irregulares pode ser câncer.

– Eritema (vermelhidão) da mama.

– Edema (Inchaço) na pele da mama.

– Espessamento ou retração da pele ou do mamilo.

– Secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos.

– Linfonodos (ínguas) aumentados na axila.

Ressalto que só a avaliação médica poderá estabelecer o diagnóstico diferencial. Importante destacar que em países com programas de rastreamento de câncer de mama já estabelecidos, a maioria dos diagnósticos de câncer de mama ocorre devido mamografia alterada. Assim, é importante realizar exames de rastreamento como mamografia anual a partir dos 40 anos, segundo recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia.

Tratamento

O tratamento do câncer de mama depende do tipo de câncer de mama e do estadiamento. Ele envolve várias modalidades como:

  • Cirurgia
  • Radioterapia
  • Quimioterapia
  • Imunoterapia
  • Terapia Alvo
  • Hormonioterapia

É importante consultar um médico oncologista para obter informações e orientações específicas sobre o câncer de mama, pois cada paciente terá uma abordagem específica e personalizada.

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